Na noite de segunda-feira (29), os órgãos eleitorais da Venezuela ratificaram o triunfo de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais, um desfecho marcado por polêmicas e não aceito por muitos países ao redor do mundo. No entanto, qual é o procedimento eleitoral adotado na Venezuela?

Na Venezuela, o sistema de votação adota urnas eletrônicas, de forma semelhante ao que ocorre no Brasil, porém com distinções relevantes. Ao chegar ao local de votação, o eleitor precisa exibir sua identificação e passar pela autenticação biométrica por meio da impressão digital. Após essa etapa, ele segue até a urna eletrônica para registrar sua escolha.

Após o eleitor votar, a urna emite um recibo em papel, possibilitando que o eleitor verifique a exatidão dos dados. Logo após, o eleitor coloca o recibo em uma urna distinta.

Os sufrágios digitais são encaminhados para um centro de contagem, por meio de um sistema autônomo, sem qualquer ligação com a rede mundial de computadores. Após isso, é feita uma auditoria por amostragem, confrontando os votos digitais com os recibos de papel.

Durante este momento, a oposição, comandada por María Corina Machado, denunciou possíveis fraudes ao afirmar que não conseguiram ter acesso às cédulas de votação em diversos locais de votação, o que prejudicou a realização de uma auditoria criteriosa.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que tem como função organizar e supervisionar as eleições, opera com base no princípio do voto universal, direto e secreto. Suas responsabilidades incluem a regulação das leis eleitorais, a resolução de questões legais, a elaboração do orçamento eleitoral, a definição de regras sobre financiamento e propaganda política, e aimposição de penalidades.

Adicionalmente, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tem o poder de invalidar votações, promover eleições em sindicatos e partidos políticos, supervisionar os registros civis e eleitorais e fiscalizar os recursos financeiros dessas entidades.