Professores de escolas estaduais de Santa Catarina entraram em greve nesta terça-feira (23). Nesta manhã, há mobilizações em várias regiões do Estado. O sindicato que representa a categoria se reúne com o governo catarinense e, a princípio, não há previsão para o fim da mobilização.
Em Criciúma, no Sul do Estado, cerca de 60 profissionais da educação se reúnem em frente ao Cedup Abilio Paulo, na Avenida Universitária. Na unidade, que atende cerca de 2 mil estudantes, foi montado um horário especial e todos os setores seguem funcionando com 50% da capacidade.
Em Florianópolis, a mobilização acontece em frente ao Instituto Estadual de Educação (IEE), o maior colégio público da Capital. Na instituição, que atende estudantes de ensino fundamental e médio, 60% dos profissionais aderiram à paralisação.
A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) é de que o ensino médio do IEE seja completamente paralisado e que o fundamental tenha aulas reduzidas.
Em Joinville, a mobilização ocorre à tarde, a partir das 14h, na Praça da Bandeira, região central da cidade. Conforme o sindicato, no Colégio Celso Ramos, um dos maiores do município, apenas 30% dos professores foram para a sala de aula durante a manhã. Também houve redução de profissionais no colégio Antônia Alapaídes Cardoso dos Santos, na região Sul. Em Blumenau, os profissionais da educação se reúnem na Rua XV, na região central da cidade.
Os professores e demais profissionais da educação que atuam no Estado reivindicam novo concurso público, descompactação da tabela (pede que não existam mais salários iguais para diferentes posições da carreira e exige ganhos conforme o trabalhador avança com sua formação ou tempo no serviço público) e valorização da carreira, além de mais investimentos na educação e na estrutura das escolas.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (SED), que informou que ainda faz um levantamento das 58 unidades escolares administradas pelo governo estadual para averiguar quantos profissionais aderiram à greve e os impactos da mobilização nessas unidades.