Empresa de medicina digital russa busca parceria com indústria catarinense

Representantes da empresa SANA LLC chegaram a Florianópolis, nesta quarta-feira (10), em busca de parceiros e trocas de tecnologias na área médica digital. A convite do governo catarinense, que esteve na Rússia em novembro passado participando do Fórum BRICS+ com o objetivo de atrair investimentos ao Estado, a empresa começou o seu roteiro na indústria Olsen S.A. (Palhoça) e, até a próxima terça-feira (16), visitará o Sapiens Parque, Acate, Fiesc, além de hospitais e clínicas de referência.

“A SANA é uma empresa de medicina digital que trabalha raio-x portátil. São aparelhos leves, de 50kg apenas e que podem ser usados em pequenas cidades do interior, em helicópteros ou carros. É uma forma de poder usar o serviço de diagnóstico para lugares mais afastados, mais remotos, atendendo a população catarinense. E eles buscam um local no Estado para se instalar. Por isso, estão visitando empresas da área da saúde que podem ser investidoras, parceiras ou fornecedoras nessa instalação deles”, explicou o secretário de Articulação Internacional, Juliano Froehner.

O CEO da empresa russa, Nikolai Baranov, reforçou, na ocasião, que espera encontrar parceiros em Santa Catarina para desenvolver inovações e para implementar o produto deles no mercado local, distribuindo para o restante do Brasil – aparelhos de raio-x produzidos há mais de 20 anos na Rússia. “O Brasil é o nosso mercado pioneiro e, por meio do convite do governo catarinense para conhecer as potencialidades do Estado na Rússia, decidirmos vir a Santa Catarina.”

De acordo com o presidente da Olsen S.A., Cesar Augusto Olsen, não existe nenhuma barreira ou dificuldades para levar os produtos da empresa para a Rússia. “E nós podemos também, por exemplo, trazer equipamentos semi-montados e finalizar aqui, já que somos uma indústria.”

Em relação à intermediação do Governo de Santa Catarina para a internacionalização das empresas, o presidente da Olsen disse que a visão do governador Jorginho Mello, especialmente voltada à indústria, foge do tradicional dos outros governos. “A indústria brasileira podendo vender a sua tecnologia, trazendo parcerias de fora ou mesclas, e vender o produto lá fora é uma carga de dólar que entra. E a indústria catarinense, extremamente diversificada e com apoio da Fiesc, é parte atuante neste processo. E é bom saber que o Governo do Estado nos prestigia, trazendo tecnologias e interessados em produzir aqui.”

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