O governo venezuelano, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (28) o envio de tropas militares para a fronteira com a Guiana, especificamente para a região de Essequibo, rica em reservas de petróleo. O território tornou-se alvo de investidas venezuelanas, desencadeando uma disputa diplomática na região.
Maduro, em pronunciamento transmitido pela TV venezuelana, revelou que 5,6 mil homens estariam prontos para a operação, em uma resposta percebida ao anúncio do Reino Unido de enviar um navio militar para a costa da Guiana, uma nação que foi uma colônia britânica.
O gesto do governo venezuelano é interpretado como uma reação ao que consideram uma “provocação” britânica. Além disso, os Estados Unidos, aliados da Guiana, anunciaram sobrevoos militares na região e estudam a criação de uma base militar em Essequibo, o que também foi considerado provocativo por parte do governo venezuelano.
Em novembro, a Venezuela realizou um referendo sobre a anexação de Essequibo, uma região que corresponde a 70% do território da Guiana, mas que historicamente a Venezuela alega ser sua. Apesar de apenas metade dos eleitores ter comparecido ao referendo, o presidente venezuelano aprovou a anexação e apresentou novos mapas oficiais incluindo a região como parte de seu país. As tensões na região continuam a crescer à medida que as potências internacionais se envolvem na disputa.