O recorde histórico na movimentação de cargas em 2023 (16,8 milhões de toneladas) foi fundamental para alcançar o melhor resultado financeiro desde a fundação do Porto de São Francisco do Sul, em 1º de julho de 1955. O balanço contábil apresentado esta semana pela diretoria do terminal portuário apontou um lucro líquido próximo a R$ 30 milhões (R$ 29.764.085,41).
O valor representa um aumento de 400% com relação a 2022, quando o lucro foi de quase R$ 6 milhões (R$ 5.953.117,23). Assim, no ano passado, os ganhos cresceram cinco vezes. O lucro líquido é o valor obtido a partir do total de receitas, descontadas as despesas e impostos.
A principal contribuição para alcançar esta conquista foi a receita tarifária, resultado dos recursos oriundos da tarifa portuária cobrada dos navios que atracaram em São Francisco. A taxa corresponde à infraestrutura aquaviária e terrestre oferecida pelo Porto, além da armazenagem de cargas e serviços de pesagem.
Para o presidente do Porto, Cleverton Vieira, o excepcional resultado financeiro decorre do planejamento para o bom uso das verbas tarifárias arrecadadas.
“Seguindo as diretrizes do governador Jorginho Mello, procuramos organizar e racionalizar as despesas, sempre buscando a economia de recursos para a aplicação em obras e serviços que resultem em ganhos operacionais e na melhoria da nossa infraestrutura”, disse ele.
Além disso, é importante destacar, prossegue Vieira, que todo o lucro gerado pela empresa pública deve ser reinvestido no próprio Porto ou em seus acessos rodoviário, ferroviário e aquaviário.
“Ou seja, é um círculo virtuoso: quanto mais eficiente a empresa estatal, mais investimentos com recursos tarifários são gerados, sempre na busca por melhorias que atendam da melhor forma aos usuários do Porto”.
Retorno sobre Capital
Graças aos investimentos na infraestrutura portuária, o Retorno sobre o Capital chegou a 14%, em 2023, superando em mais de quatro vezes, os 4% de 2022.
O índice é o resultado do lucro geral dividido pelo patrimônio líquido da empresa. Ou seja, se fosse uma empresa de capital aberto na bolsa de valores, as ações de quem investisse no Porto de São Francisco (que é uma empresa pública), seriam bem avaliadas e teriam um aumento significativo.
O percentual alcançado supera a meta de 5% estabelecida para o terminal portuário do Norte catarinense no Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (Igap), no âmbito da eficiência administrativa, determinado pela União.