A emblemática situação do Viaduto de Campinas, na divisa entre os municípios de Florianópolis e São José, é um reflexo visível de um problema sistêmico que há anos incomoda os moradores da região. Conhecido como a “Faixa de Gaza”, o local é um triste retrato de pessoas em situação de rua, dependentes químicos, acúmulo de lixo e até mesmo relações sexuais.
A iniciativa tomada ontem pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em recomendar um decreto de emergência para o viaduto é um passo crucial na direção certa. O estado “caótico” de lixo e degradação humana precisa ser combatido. É imperativo que as prefeituras de Florianópolis e São José ajam de forma coordenada e eficiente para resolver essa questão.
A criação de ações conjuntas entre as forças de segurança e a assistência social é essencial para enfrentar os desafios dessa situação complexa. Limpar, desinfetar e isolar o local é apenas o primeiro passo. É preciso oferecer alternativas dignas para as pessoas em situação de rua, como abrigos temporários e programas de reinserção social.
Além disso, é imperativo e fundamental agir de maneira mais rigorosa com os dependentes químicos e criminosos que estão no local. Os dependentes químicos devem ser tratados com a internação involuntária, projeto já aprovado em Florianópolis e São José. Já os criminosos devem ser tratados com o maior rigor da lei.
O tempo de assistir passivamente enquanto o Viaduto de Campinas se transforma em um “cenário de guerra” chegou ao fim. É hora de agir com coragem e determinação para trazer a paz e ordem de volta a esse lugar. A recomendação do MPSC é um chamado à ação que não pode ser ignorado. As prefeituras de Florianópolis e São José devem responder a esse chamado com urgência e determinação, demonstrando que a vida e a dignidade de todos os cidadãos importam.